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5 livros imperdíveis sobre fé, razão e filosofia

Atualizado: 25 de jun.



O filósofo não é aquele que detém a sabedoria, mas sim aquele que está em busca dela. Durante esta jornada, ele deixa de lado sua arrogância e soberba para focar no essencial, que é a melhoria da alma e a compreensão da realidade. Nesta Redlist, selecionamos 5 livros de autores cristãos que resgataram a cosmovisão da filosofia clássica para justificar racionalmente a fé em Deus em detrimento de uma concepção progressista de mundo, uma concepção baseada na crença intransigente na ciência e na relativização dos valores universais de bem e mal.


São obras que nos conduzem à verdadeira conversão através da inteligência e da razão, mas que também servem de antídoto para a degradação moral do secularismo moderno.


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COSMOS E TRANSCENDÊNCIA - WOLFGANG SMITH



Neste livro, Wolfgang Smith, matemático, físico e filósofo da ciência, busca romper a barreira da crença cientificista de mundo, demonstrando que ela está baseada não em legítimas descobertas, mas em pressupostos filosóficos ocultos que se revelam, em última análise, autocontraditórios. São teorias que têm, fundamentalmente, base apriorística, ou seja, são conceitos que independem da experiência ou da prática. Uma objetividade matematizada aliada a uma subjetividade ilusória.


Para ele, a verdadeira função da ciência não é senão descobrir a unidade dos fenômenos naturais. Seu objetivo, portanto, consistiria em reduzir a multiplicidade dos fenômenos a uma unidade de princípios e, idealmente, se possível, à unidade de um único princípio. O fato, porém, é que a ciência, mesmo com todas as suas façanhas efetivas e potenciais, sempre teve que se contentar com vislumbres mais ou menos fragmentários da natureza e do universo. O conhecimento perfeito sempre esteve fora do seu escopo. A verdadeira unidade, neste caso, estaria em Deus.


Leia a resenha completa aqui.

 

A ABOLIÇÃO DO HOMEM - C. S. LEWIS



Nesta pequena grande obra, C. S. Lewis nos mostra o quanto merece ser reconhecido como um dos maiores intelectuais do século XX. Brilhante, ele faz uma profunda reflexão sobre os valores morais e universais que são a base de toda a civilização humana, em contraponto com o relativismo moderno que passou a permear nossa cultura e nossa educação.


Fazendo referências a grandes pensadores da nossa história, como Aristóteles, Platão, Santo Agostinho, Confúcio, entre outros, ele mostra o quanto a base filosófica, intelectual e religiosa de todos os povos partem dos mesmos princípios que moldam seus valores e virtudes. Para isso, utiliza-se do conceito milenar chinês do Tao, que trata da realidade que vai além de todas as situações, do abismo que havia antes do próprio Criador, do Caminho pelo qual o universo caminha e do qual emergem as coisas de forma eterna, silenciosa e tranquila para o espaço e o tempo. Trata-se também da Via que todo homem deve trilhar, imitando o progresso cósmico e em harmonia com a Natureza. O Tao seria então a única fonte de todos os juízos de valor. Se ele for rejeitado, todos os valores também serão rejeitados.


Leia a resenha completa aqui.

 

HEREGES - CHESTERTON



Chesterton (1874-1936) compreendeu sua época como poucos, e não foi uma época qualquer. No alvorecer do modernismo e da secularização do Ocidente, sua filosofia estava fundamentada na importância do dogma. Numa época de "racionalismo" extremo, em que muitos davam a religião, em especial a cristã, como morta, ele defendia uma estreita ligação entre razão e religião.


Hereges expõe o pensamento e a filosofia do autor, identificando, de forma brilhante e sutil, as incongruências do mundo moderno através da filosofia de seus contemporâneos. Para ele, o ceticismo do seu tempo, ao invés de eliminar as crenças vigentes, estava criando outras, como a crença no progresso e no próprio homem.


Leia a resenha completa aqui.

 

A ÚLTIMA SUPERSTIÇÃO - EDWARD FESER



Contrapondo-se ao secularismo dos antirreligiosos modernos, ou neoateístas, Edward Feser faz uma defesa contundente da concepção de Deus a partir de uma cosmovisão (visão de mundo) filosófica amplamente aristotélica.


Para Feser, a última superstição seria a mãe de todas as crenças irracionais e imorais que compõem o sistema de pensamento progressista, ou seja, a própria negação da razão e da moralidade. Ao contrário do que muitos possam pensar, segundo ele, o secularismo jamais conseguiu se basear verdadeiramente na razão, mas apenas na fé (desejo de crer em algo). Uma fé baseada numa concepção mecanicista do mundo natural e numa natureza sem fins ou causas finais.


A cosmovisão da filosofia clássica, ao contrário, fornece um fundamento intelectual poderoso para a religião e a moralidade ocidentais a partir do desenvolvimento lógico das ideias de Aristóteles. Ao abandonar o aristotelismo, os fundadores da filosofia moderna contribuíram para a crise civilizacional pela qual o Ocidente vem passando há vários séculos e que se acelerou enormemente no último.


Leia a resenha completa aqui.

 

ORTODOXIA - CHESTERTON



Ortodoxia é a história da conversão de Chesterton ao Cristianismo, mas não na forma de uma descoberta, mas de uma redescoberta, como se fosse um grato retorno à casa de onde nunca deveria ter saído. Mas o livro é também a resposta um desafio: em seu livro anterior, "Hereges", Chesterton foi muito criticado por se limitar apenas a criticar as filosofias correntes, mas sem oferecer uma filosofia alternativa. Em Ortodoxia, ele apresenta sua visão de mundo, ou sua filosofia, através de uma defesa brilhante da sua fé.


Chesterton faz muitas comparações e analogias para explicar seu pensamento, construindo de maneira brilhante, bloco a bloco, suas conclusões. Um dos melhores exemplos é a comparação do círculo, símbolo da razão, com a cruz, símbolo do mistério da fé. O círculo, perfeito e infinito em sua natureza, estaria eternamente fixado em seu tamanho, nunca podendo crescer ou diminuir. Mas a cruz, apesar de ter em seu coração uma colisão e uma contradição, pode estender seus quatro braços infinitamente sem mudar de forma.


Defensor ardoroso da democracia e da tradição, Chesterton descobriu no Cristianismo uma forma autêntica e sem floreios de enxergar o mundo. Uma visão mais próxima da transcendência e da verdade universal de que somos livres para amar nossa própria imperfeição, contrapondo-se às certezas do homem moderno. A ortodoxia, neste caso, ao invés de ser algo monótono e seguro, seria tão perigosa quanto excitante.


Leia a resenha completa aqui.




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