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A nova corrida espacial

Atualizado: 17 de jun.



No passado, a navegação marítima simbolizava a epítome da aventura humana rumo ao desconhecido. Homens ousados e ambiciosos arriscavam-se mar adentro em busca de novas terras, riquezas e civilizações.

Séculos depois, estamos presenciando o início de outra aventura, só que dessa vez bem mais ambiciosa: a conquista do espaço. Nações e corporações já disputam sua proeminência nessa corrida, e a presença humana em outros planetas deixará de ser ficção científica para se transformar em realidade daqui a pouco tempo.

No último dia 23 de agosto de 2023, a Índia, através de sua agência espacial ISRO (Indian Space Research Organization), pousou a missão lunar Chandrayaan-3 (o nome significa veículo lunar em sânscrito) no polo sul da Lua. Este feito espetacular foi manchete em todo o mundo, chamando mais uma vez a atenção para o ritmo acelerado da Nova Corrida Espacial. O que pode parecer à primeira vista uma surpresa de um país principiante é, para o olhar mais atento, a culminação de um investimento continuado e consistente de mais de uma década. A Índia possui foguetes lançadores próprios há muitos anos, sendo autônoma no envio ao espaço de satélites de comunicações e de sensoriamento remoto de recursos naturais.


A China é outro país emergente nesta disputa, com um claro currículo de sucessos na exploração lunar. A fase inicial envolveu o orbitador Chang’e, em 2007, seguido do orbitador Chang’e em 2010. A fase seguinte envolveu duas bem-sucedidas missões de pouso suave - com rovers de superfície -, a Chang’e 3 (2013) e Chang’e 4 (2019). O ápice da espetacularmente bem-sucedida exploração chinesa da Lua foi a Chang’e 5 (2020), que pousou, recolheu material do solo lunar e retornou estas amostras à Terra, trazendo um total de 1.700 g de rochas e poeira lunar.


O Japão, por sua vez, lançará uma missão à Lua ainda essa semana. A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) está planejando lançar sua missão Smart Lander for Investigating Moon (SLIM) no domingo (27 de agosto) às 20h26, EDT (0026 GMT e 9h26, horário do Japão, em 28 de agosto). Você pode assistir o lançamento ao vivo no link https://youtu.be/3TTTJ20iRbs; a cobertura começará aproximadamente 35 minutos antes do lançamento. A missão será lançada do Centro Espacial Tanegashima no topo do foguete japonês H2-A. O pouso do SLIM, que deverá ocorrer daqui a quatro a seis meses, será a segunda tentativa do Japão nos últimos meses de colocar equipamentos na superfície lunar. Um esforço da empresa ispace, com sede em Tóquio, falhou durante sua tentativa de pouso em 25 de abril.


Como vocês podem ver, este movimento rumo ao espaço não é casual e nem momentâneo. É uma corrida que não tem uma linha de chegada definida e nem prazo para terminar.


Em nossa Comunidade você pode participar das discussões e tirar suas dúvidas com o nosso co-autor, o astrofísico Gustavo Porto de Mello.


Não fique de fora. Informe-se e participe.






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