Agora que a Bienal do Livro 2023 finalmente acabou, o mercado livreiro pode celebrar os números impressionantes desta edição comemorativa de 40 anos do maior evento do gênero no Brasil, que recebeu 600 mil pessoas em 10 dias.
As editoras estão em festa. Algumas, como a Record e a Cia das Letras venderam 100 mil exemplares, cada, durante o festival. Ao todo, foram vendidos 5,5 milhões de livros nesta Bienal, uma média de nove por pessoa com R$ 200,00 de ticket-médio. Isso representa um faturamento de mais de R$ 122 milhões. O festival desse ano bateu todos os recordes de público, livros vendidos e faturamento.
A Bienal é a prova de que o brasileiro quer ler mais. As grandes editoras bateram recordes de vendas (e isso é ótimo), mas, pela relação ticket-médio por número de livros comprados, pode-se inferir que o que o leitor procura são livros mais baratos (o que nem sempre é fácil de se encontrar nas livrarias que só expõem os Bestsellers). Não é à toa que os estandes de editoras nichadas em três livros por 50,00 eram os mais disputadas do festival. Há franca demanda. O leitor só precisa aprender a procurar por livros com preços acessíveis fora da Bienal também.
A indústria vê com otimismo a recuperação do setor que vem sofrendo quedas de receita desde que a pandemia acabou. Para quem não lembra, abordamos aqui o fenômeno do aumento de vendas de livros provocado pelo isolamento social entre 2020/21.
Bienal do Livro Rio 2023 em números:
600 mil visitantes
5,5 milhões de livros vendidos
9 livros por pessoa
497 editoras, selos e distribuidoras
R$ 200 foi o ticket-médio de gastos com livros
90 mil metros quadrados, 10% maior que na edição de 2019
380 autores na programação oficial
100 mil alunos de escolas da rede pública
13 toneladas de lixo reciclável
Esses foram os livros mais vendidos na Bienal:
Literatura estrangeira:
Melhor do que nos filmes (Intrínseca), de Lynn Painter,
A hipótese do amor (Arqueiro), de Ali Hezelwood,
Taylor Swift (Sextante), de Wendy Loggia,
Amêndoas (Rocco), de Won-Pyung Sohn, e
Pai rico, pai pobre (Alta Books), de Robert T. Kiyosaki.
Literatura nacional:
Box Rita Lee (Globo Livros),
Tudo é rio (Record), de Carla Madeira,
Com qual penteado eu vou (Melhoramentos), de Kiusam de Oliveira,
Salvar o fogo (Todavia), de Itamar Vieira Junior,
O mar me levou a você (Cia das Letras), de Pedro Rhuas,
Insubmissas lágrimas de mulheres (Malê) de Conceição Evaristo, e
Olhos d'água (Pallas) de Conceição Evaristo,
Biblioteca Maurício de Sousa - Cebolinha 1973 (Panini),
Neguinha sim (Cia das Letrinhas), de Renato Gama,
Kit Álbum Enaldinho (Ediouro), e
Coleção Mulheres Brasileiras (Editora Mostarda).
O que você achou dos números da Bienal do Livro 2023?
Ótimos, vamos comemorar!
Muito bons, mas podemos melhorar.
Ah, eu tenho orgulho de ter participado disso =)
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