Já fazem alguns anos que me interesso pelo tema. Quando vi que havia um MasterClass do Jon Kabat-Zinn sobre isto me interessei imediatamente e estou gostando muito.
Jon desmistifica e desromantiza a meditação. Ele é prático e redefine mindfulness de uma forma que gostei muito: "The awareness that arising by paying attention on purpose, on the present moment and non-judgementally"
Ele refuta que exista um "estado" meditativo o que gera a insegurança ou a falsa ideia de que temos que buscar algum estado superior inatingivel, ou idealizar algo quase que divino. Ele define mindfullness como uma maneira de ser e não algo que vamos "fazer" e isto para mim já valeu o curso.
Sentir-se bem consigo, viver o momento, entrar em si. Eu sempre uso uma frase que acredito ser de minha autoria, mas por ser bem óbvio provavelmente já tenha sido dita antes: "Para viver plenamente temos que fazer as pazes com a realidade". A expectativa é a mãe da frustração e a idealização é a mãe de todas as frustrações.
"Eu queria que meu filho...; "Eu queria que meu marido...", "Eu queria que meu chefe.." "Eu queria que o govern.." Queira coisas para você, aceite o agora, saboreie cada hora. As horas são suas. Nada mais. Isto não significa que não podemos querer mudar coisas, mas temos que ser realistas em mudar o que pode ser mudado. É bem diferente de ser acomodado ou aceitar tudo. Quer mudar algo, invista. As coisas não mudam por ficamos falando em monólogo interno o quão ruim elas são.
O Jon fala em "relacionalidade" o que eu interpretei como a realidade das relações. As horas que perdemos idealizando ou querendo coisas que não são possíveis, são horas desperdiçadas e temos um numero finito delas. As horas que perdemos julgando os outros também é uma hora que não usamos para escrever um blog, aprender uma língua, cuidar do corpo, ler um bom livro, apaixonar-se por si mesmo e aproveitar o sol ou o barulhinho da chuva.
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