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O que é Inovação? (Parte 2) - Renata Castro

Atualizado: 2 de nov. de 2021

Tipos de Inovação

Conforme comentamos na parte 1 na nossa série, a inovação pode ser classificada de acordo com seu tipo. Assim, podemos ter inovações de produto, inovações de processo e, ainda, inovação em modelos de negócios.


Inovações de produto


São consideradas inovações de produto as melhorias significativas em bens e/ou serviços que resultem em produtos físicos e digitais significativamente aprimorados e ofertados ao mercado e/ou utilizados de forma efetiva pela empresa que os desenvolveu. São consideradas melhorias inovativas as modificações que resultem em melhor desempenho, usabilidade, eficiência, redução de custos e acessibilidade, por exemplo.


Atualmente, com o crescimento mundial da pauta de sustentabilidade, responsabilidade social e economia circular, o design de produto e mesmo o de serviço vem ganhando maior relevância e ampliando o conceito de inovação de produto, uma vez que passaram a ser atributos relevantes desde a fase de ideação para atender às novas demandas de mercado.


Outra tendência global no desenvolvimento de projetos é o envolvimento do cliente final desde o início da concepção da inovação com o objetivo de proporcionar uma experiência de usuário excelente ao utilizar novos produtos e serviços. As startups são o grande motor transformacional deste novo paradigma, ajustando-se rapidamente às demandas do cliente e, com isso, criando soluções para problemas até em então sequer imaginados ou percebidos, principalmente, pelas grandes corporações.


Essa nova dinâmica no jogo de captura e conquista do cliente resultou na própria mudança de percepção do que é inovação e das metodologias até então utilizadas para sua criação e gestão, inclusive, facilitando o caminho para o surgimento da inovação aberta, da qual faltei em outro artigo em breve.


Inovações de processo


Pode-se considerar inovação de processo quaisquer mudanças significativas em fluxos organizacionais que contribuem de forma direta ou indireta para o desenvolvimento de produtos e serviços que venham a ser utilizados pela própria empresa ou sejam ofertados ao mercado como, por exemplo, melhoria dos processos estratégicos como gestão da inovação, marketing e vendas, aumento da eficiência do uso dos recursos, gestão da qualidade, conformidade administrativa, contábil e fiscal, melhoria dos processos de distribuição, logística e TI. Em muitos casos, a própria inovação de processo resulta em novos produtos e serviços e, às vezes, em novos modelos de negócios.


Inovação em modelos de negócios


Em tempos de startups e unicórnios oferecendo produtos e, principalmente, serviços com potencial de disrupção de mercados, sendo os exemplos mais óbvios o Uber e a AirBnB, novos modelos de negócios são a fronteira atual quando se fala em inovação.


Ainda que pioneirismo e ineditismo em produtos e serviços tenham sua relevância, modelos de negócio que criam novos mercados, sistemas de logística e dinâmicas de relacionamento com fornecedores e clientes nem sequer imaginados há uma, duas décadas, são o drive indutor do futuro (e, que em muitos casos, já está acontecendo agora) das empresas e das relações como o consumidor.


Dentro deste novo cenário, as empresas estão se movimentando no sentido de se adaptarem à esta nova realidade, seja ampliando e aperfeiçoando seu portfólio de negócios para atender às demandas dos clientes cada vez mais exigentes e seletivos, revisando seus processos para se adaptarem à transformação digital ou aplicando o conceito de destruição criativa, matando seus próprios produtos e serviços e lançando ao mercado novas concepções centradas no cliente antes que seus concorrentes conhecidos ou escondidos em alguma garagem o façam.


A mais famosa ferramenta de gerenciamento estratégico utilizada para a ajudar os gestores a trilharem esse novo caminho, centrado na proposta de valor oferecida ao cliente com a melhor experiência de usabilidade é o Business Model Canvas - BMC, idealizado por Alexander Osterwalder (2010) que permite esboçar e desenvolver modelos de negócio novos ou refinar os já existentes.


No livro, o qual recomendamos fortemente a leitura, o autor nos apresenta os principais padrões modelos de negócios adotados pelas empresas que estão no vanguardismo da inovação e que são comumente utilizados de forma associada pois cada um deles traz uma abordagem diferente e que se complementam. Seus conceitos foram adaptados pelo autor para permitir sejam comparáveis e aplicáveis ao canvas proposto no livro.


Padrões de modelos de negócio:

  • Separados ou Desagregados

  • Cauda Longa

  • Plataformas Multilaterais

  • Freemium

  • Abertos


Temos ainda, o Lean Canvas, adaptado do BMC e inspirado por Eric Ries, autor de Startup Enxuta (2012), outro livro essencial para dominar a inovação ágil. Ash Maurya, em seu livro Comece sua Startup Enxuta (2018), propõe um canvas para ser utilizado por startups nos estágios iniciais.de ideação, modelagem e validação dos diferenciais competitivos do negócio, focando no teste de hipóteses de soluções para problemas ou dores do mercado.


Na parte 3, falaremos sobre graus, intensidade e estágios de inovação.



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